sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


Prezados Dirigentes e
Colaboradores das Obras Unidas

É com grande alegria e esperança que acolhemos cada um de vocês neste I Encontro de Dirigentes e Funcionários das Obras Unidas.
Este encontro tem como propósito levar aos dirigentes e colaboradores das Obras Unidas da Sociedade de São Vicente de Paulo subsídios indispensáveis para uma espiritualidade conforme o carisma vivenciado pelos nossos patronos São Vicente, Santa Luisa e nossos fundadores Ozanam e companheiros, para um aprimoramento em nossas funções práticas quanto aos aspectos legais conforme a legislação atual.

* Progredindo... juntos
Somos herdeiros de um grande patrimônio, filhos e filhas de dois grandes profetas da Caridade. Esta herança comum nos enche de orgulho. Nossos laços se reforçam. Com um imenso número de membros em todos os continentes, nós, como Família Vicentina, temos um grande potencial para estabelecer uma herança em nosso tempo, como São Vicente e Santa Luisa fizeram no tempo deles.
Conta-se a história de um jovem, filho de um grande astro de baseball. Sua primeira temporada de jogo foi decepcionante.
Quando foi tomar o lugar do rebatedor, teve um falha no primeiro lançamento. Na segunda tentativa, errou de novo. O treinador pediu tempo e o juiz falou casualmente com o moço. Quando o jogo começou, o adversário lhe lançou uma bola que ele rebateu para fora do estádio.
Deste então, cada partida que jogava era um grande sucesso. Os treinadores que o tinham visto recuperar-se do fracasso de sua primeira temporada lhe perguntaram o que havia mudado seu jogo. Então ele lhes contou que o juiz lhe falou das vezes em que tinha estado atrás da base do rebatedor, no tempo de seu pai e como havia observado o jeito de jogar do pai dele. E então comentou: “Posso ver os genes dele em você. Você tem os braços de seu pai!”.
Temos os “genes” de São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac. Temos o coração e o espírito deles. A fidelidade ao legado deles nos impele a progredir juntos, para ser profetas da Caridade no mundo atual. A realidade global de hoje, por exemplo, o poder das gigantescas corporações transacionais, das fusões e dos conglomerados, exige testemunhos coletivos. Desafia-nos a ser não simplesmente profetas individuais, mas uma “família de profetas”.*

Portanto queridos irmãos e irmãs de caminhada e estimados colaboradores; a esperança que nos motiva, para esta realização é a certeza que juntos podemos fazer uma nova experiência frente nossa missão; tudo pelos preferidos de Deus, nossos irmãos empobrecidos, os quais nos foram confiados o seu bem estar material e espiritual. Sempre buscando a eles uma vida com mais dignidade e amor.

Sejam bem-vindos

Cfd Geraldo Fabri Filho
Denor – CM de São Carlos


* trecho do Livro: Caridade – Missão páginas 20 e 21.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ENCONTRO DAS OBRAS UNIDAS

Pessoal não esqueçam, dias 27 e 28 de novembro em São Pedro o Encontro de Obras Unidas do Conselho Metropolitano de São Carlos!

É muito importante a participação de todos os envolvidos e responsáveis pelas obras, afinal o assistencialismo ao pobre e mais necessitado também necessita de pontos de anseios, regras e coerência, que podem ser decisivos na dignidade do pobre.

Não deixe de participar afinal nossas obras demonstram todo carisma vicentino no simples gesto de acolher com amor a quem necessita!
Mais informações procure seu Conselho Central.

SUCESSO!!!!!!!!!!


É COM MUITA ALEGRIA QUE INFORMAMOS O SUCESSO DO 3° ENCONTRO DE CONFERÊNCIAS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO CONSELHO METROPOLITANO DE SÃO CARLOS!

No dia 14 de Novembro de 2010, na cidade de Jaboticabal, as crianças estavam em peso, houveram apresentações dos Conselhos Centrais presentes, muitas brincadeiras, os "palhaços", PAÇOQUINHA E AMENDOIM, e ainda a participação ativa das Comissões de Jovens, que na ocasião se vestiram como sombras, e ajudaram na acolhida e tambpem no cuidado de nossas crianças, a esses nosso agradecimento (Valew Adriano - Coord. C.J.C.M.S.C.)!
E ainda a banda Centopéia da cidade de jaboticabal que animou por demais nosso encontro, deixando não as as crianças mas todo público presente maravilhados com suas musicas e instrumentos! VALEW CENTOPÉIAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!
Ainda agradecemos aos coordenadores de C.C.A's dos Conselhos Centrais pelo empenho e a toda equipe organizadora, que se empenharam para o melhor aproveitamento do encontro!
E contamos com apresentações de abertura do Ministério de dança e teatro dos jovens de Barrinha, e o encerramento com o Ministério de Dança e Teatro Soldados de Crito, de Itápolis.

A Coordenadora de C.C.A Maria Ruedas, o agradecimento pelo maravilhoso encontro que proporcionou a nossas crianças, e o incentivo pela vida vicentina desde pequenos, afinal eles são o futuro da Sociedade de São Vicente de Paulo!
E até o ano que vem....
porque a alegria não pára!
Parabénsssssss!!
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CANAL C.J. - PALAVRA COORDENADOR


Face a face com os pobres



Somos responsáveis em construir um mundo mais justo e mais humano, construir uma sociedade mais solidária, proporcionar mais dignidade aos pobres.
O Pobre não é unicamente um estômago que precisa ser preenchido. É uma pessoa cuja verdadeira realização é Cristo. A identidade dos seguidores de Vicente não é a de um simples serviço aos Pobres. É preciso encontrar-se com o Cristo no Pobre; possuir uma fé tão plena que nos fará compreender a realidade de sua afirmação: “O Pobre é Cristo”. Assim diz ele próprio: “Uma irmã irá dez vezes ao dia para ver os doentes, e dez vezes ao dia encontrará Deus neles... Ide ver os Pobres, e neles encontrareis Deus. Minhas irmãs, isto é admirável! Ide a casa dos Pobres, mas ali encontrareis Deus” S. Vicente.Por isso, será realmente um seguidor de Vicente, quem seja capaz de encarnar a Cristo, para ser capaz de revelar Cristo ao Pobre. A experiência da Visitação de Maria é muito forte na vida de S. Vicente. Visitar...levar consigo o Cristo encarnado... Acreditar que no Pobre está a pessoa de Cristo... Que o Pobre é o próprio Cristo...
É esta a herança que Vicente deixa a toda família vicentina. É este o grande tesouro que devemos almejar. É com este firme propósito que queremos encerrar este ano jubilar e continuarmos proclamando ao mundo que Vicente foi e continua sendo “um instrumento de imensa e paternal caridade” de Deus, guiado pela presença inefável de Maria, mãe de misericórdia.
Que todos os jovens se mantenham motivados para o mesmo propósito e que possamos ser irmãos em Cristo vivenciando uma verdadeira família vicentina.
Fiquem com Deus


Adriano Wada
Coordenador da CJ do CM de São Carlos

terça-feira, 23 de novembro de 2010

1ª MÃO - Artigos Pe. Edson


A atitude do Samaritano na espiritualidade de Ozanam



O samaritano como muitos viajantes desce também de Jerusalém para Jericó, ou seja, veio do local do culto judaico. No caminho, encontra uma situação de grande sofrimento. No entanto só ele teve uma atitude reconhecidamente louvável naquela situação. Diz o texto bíblico: “Um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu, e moveu-se de compaixão. Aproximou-se dele” . Portanto, ele viu o ferido... e, aproximou-se dele. Ficou face a face com ele!
Pela compaixão veio a atitude de Caridade. Ele rapidamente se deu conta que o Outro precisava de ajuda. Ficou cara a cara com ele. Viu sua expressão de dor. Sofreu com ele.
Por isso, preventiva ou emergencialmente, curou suas feridas derramando nelas óleo e vinho; depois procurou assisti-lo com maior cuidado: colocou-o no seu próprio animal, levou-o a uma pensão. Cuidou dele.
Quem é o samaritano da parábola? É o personagem que é apresentado como exemplo de cumprimento do mandamento do amor ao próximo, daquele que soube ter misericórdia. O texto diz que se trata de um “samaritano”. Este personagem não pode ser colocado pura e simplesmente em contraposição ao sacerdote e o levita que também desciam do lugar do culto. O personagem oposto a eles seria um judeu “leigo”. Mas não. Trata-se de um samaritano. Por isso, é preciso recordar em breves traços, quem são os samaritanos.
Os samaritanos do tempo de Jesus são os habitantes da região norte, do antigo Reino de Israel, destruído pelas tropas de Senaqueribe em 720 a.C. e a consequente dispersão do povo por diversas regiões do Império Assírio aliada à introdução de outras etnias. Com isso, ocorreu a miscigenação entre remanescentes judeus e pessoas de etnias estranhas. Os judeus, por sua vez, ao retornarem do Exílio da Babilônia, rejeitaram a colaboração dos samaritanos na reconstrução do templo de Jerusalém (cf. Esd 4,1-5). Com isso, tornou-se definitiva a ruptura entre judeus e samaritanos. Os judeus consideravam os samaritanos como não mais participando do povo da aliança. No tempo de Jesus a animosidade estava tão acirrada que os samaritanos chegaram a profanar o templo. Em termos atuais dir-se-ia que os samaritanos constituíam um grupo herético e cismático devido à transgressão da Lei, principalmente por se terem tornado uma população miscigenada com pessoas de origem pagã. Esta é, pois, a procedência deste “bom” samaritano. Pelo histórico de seu povo e sob a ótica e um pregador judeu, seria o menos qualificado para ser apresentado como exemplo e paradigma do cumprimento da Lei, no que diz respeito ao mandamento do amor ao próximo. Ele não se presta como contraposição direta aos dois primeiros personagens, pois está historicamente fora do “povo de Deus”.
O que chama atenção no texto são as atitudes, o samaritano não se fez bom por ser samaritano, tanto o levita quanto o sacerdote não socorreram pelo fato de ter atividade no tempo, pois estavam voltando das atividades então, a questão de não se tornar impura para o rito cai por terra, o que importa e que seus corações não foram movidos por compaixão e muito menos pelo desejo de fazer justiça.
É essa atitude de servir o sofredor, movido pelo amor que vem de Deus, que faz a diferença, e Ozanam levanta ainda outro ponto forte que é a questão da justiça.
Frederico Ozanam dizia com propriedade que “a Caridade não basta. Ela trata as feridas, mas não os golpes que as ocasionam. A Caridade é o samaritano que derrama azeite sobre as feridas do caminhante que foi atacado. O papel da Justiça é prevenir os ataques ”. Frederico Ozanam diz ainda que além “do pão que alimenta, a visita que consola, o conselho que esclarece, o aperto de mãos que levanta o ânimo abatido, é preciso tratar o Pobre com respeito. É assim que provamos nossa Justiça e nossa Caridade ”.
Seguir esse estilo do Bom samaritano é, na ação social, não se limitar à "velha" ação sócio-caritativa, tão marcada apenas pelo assistencialismo.
Ela deve manifestar-se não só na eficácia dos socorros prestados, o que é muito comum, mas também e, sobretudo, na capacidade de pensar e ser solidário com quem sofre, de tal modo que o gesto de ajuda seja sentido não como esmola humilhante, mas como partilha fraterna. Sobre isso temos muito que aprender com Frederico Ozanam.
O grande problema ao qual se deve fazer duro enfrentamento no dia-a-dia é o problema das injustiças presentes no mundo. Por isso, a justiça deve ser parte constituinte na vida dos cristãos. São eles que, estando abertos às mudanças, são chamados a tomarem posições sempre mais avançadas estando comprometidos com ações que contribuem para a transformação do mundo.
De fato, depois de aprofundar-se no caminho espiritual de São Vicente de Paulo assim como o fez Frederico Ozanam e seus Companheiros, nenhum coração é capaz de ficar indiferente à dor e ao sofrimento dos Pobres. Ninguém é capaz de viver com uma fé meramente passiva onde se permanece de braços cruzados e que se espera tudo de Deus.
As pessoas que vivem numa fé ativa e efetivamente comprometedora percebem ao longo das experiências que a fé cristã é fundamentada e fortifica-se no serviço da Caridade. Um novo olhar é estabelecido; uma nova leitura é feita sobre os acontecimentos e estes são analisados sob a ótica da misericórdia e da compaixão. A paixão de Cristo na cruz é atualizada no sofrimento daqueles que padecem a mesma dor da humilhação e do desprezo configurada na vida dos Pobres.
A parábola do Bom Samaritano de São Lucas apresenta de maneira dramática o princípio de que o amor a Deus se mostra no amor ao próximo. Mas hoje, cada vez com mais clareza, nos damos conta de que a caridade implica não somente em curar as feridas da vítima e derramar óleo sobre elas, mas também em fazer que o caminho de Jerusalém a Jericó seja seguro para todos” .
Nós como pessoas que podem ter um coração movido pela mesma força que o samaritano, precisamos descobrir quem são os assaltantes de nosso tempo, onde estão os feridos, e qual realmente é nossa missão neste mundo onde as pessoas vivem mais preocupadas com os normas e leis, com os ritualismos e permutas com Deus, e esquecem o que Jesus veio anunciar. O que impede que a justiça aconteça? Por que o Reino de Deus parece tão distante num mundo que se reza tanto? O samaritano não era um santo, mas nesta pedagogia de Jesus foi usado como instrumento para nos orientar que a conversão é possível e que todo ser humano pode ser bom, estar em sintonia com Deus, agir de uma forma onde o amor-caridade, a solidariedade e a justiça podem caminhar juntos.
Jesus apresenta na parábola do samaritano um modelo de Igreja que precisa ter um coração cheio de misericórdia e compaixão, vendo com ternura nas faces desfiguradas dos Pobres, a Sua face desfigurada quando esteve pregado na cruz.
Hoje, esses sofrimentos dolorosos da cruz se manifestam com o nome de problemas pessoais e doenças, falta de condições dignas de desenvolvimento pessoal tanto material quanto espiritual, falta de oportunidades intelectuais e de mostrar aquilo que se é capaz de criar e de fazer, esses sofrimentos são causados por assaltantes que Ozanam diria hoje estar no sistema opressor e capitalista, que não vê a pessoa como ser humano, mas o resultado que ela produz, “você é o que produz, se não produz não é nada”.
O nosso pensamento precisa ter um foco, tendo de um lado nosso “ver” voltado para a prática de Jesus Cristo e por outro lado, nosso “ver” voltado para a vida dos Pobres. Colocar mais ternura e compaixão para que nosso olhar seja transformado num olhar diferente e comprometido.


Padre Edson Friedrichsen.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

REZANDO COM O C.M. DE SÃO CARLOS - NOVEMBRO


“Ficou face a face a face com ele!”
• Na Caridade, face a face com os Pobres é uma inspiração que brota da atitude do bom samaritano. Como muitos viajantes, ele desce também de Jerusalém para Jericó. No caminho, encontra uma situação de grande sofrimento. No entanto, dentre muitos, só ele teve uma atitude reconhecidamente louvável naquela situação. Diz o texto bíblico: “Um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu, e moveu-se de compaixão. Aproximou-se dele”. Portanto, ele viu o ferido...e, aproximou-se dele. Ficou face a face com ele!
• Lc 10, 33-34.

“às vezes olhamos, mas não vemos.”
• Por definição a palavra “olhar” significa fitar os olhos, mirar. A palavra ver, por sua vez, expressa algo mais profundo, que exige maior sensibilidade. Ver, significa perceber com a visão, significa enxergar. Nesse sentido pode-se dizer que às vezes olhamos, mas não vemos.

“Foi por causa desse “ver” que ele se encheu de compaixão.”
• Ver, enxergar, é muito mais que o ato de olhar. Enxergar, ver, é perceber o outro, notar, voltar à atenção para aquilo que se está olhando. E o bom samaritano “viu”. Isso fez a diferença. Foi por causa desse “ver” que ele se encheu de compaixão.

“Sofreu com ele.”
• Pela compaixão veio a atitude de Caridade. Ele rapidamente se deu contas que o Outro precisava de ajuda. Ficou cara a cara com ele. Viu suas expressões de dor. Teve empatia. Sofreu com ele.
• Por isso, preventiva ou emergencialmente, curou suas feridas derramando nelas óleo e vinho; depois procurou assisti-lo com maior cuidado: colocou-o no seu próprio animal, levou-o a uma pensão. Cuidou dele.

“Nelas, sempre houve indignação frente às injustiças.”
• A Espiritualidade legada por Vicente de Paulo, Luísa de Marillac, e por Frederico Ozanam foi encarnada por muitas pessoas ao longo dos tempos. Inúmeras pessoas, inspiradas pelo amor a Deus procuraram ajudar as pessoas pobres a saírem da miséria. Nelas, sempre houve indignação frente às injustiças.

“Ninguém é capaz de viver com uma fé meramente passiva”
• De fato, depois de aprofundar-se no caminho espiritual de São Vicente de Paulo assim como o fez Frederico Ozanam e seus Companheiros, nenhum coração é capaz de ficar indiferente à dor e ao sofrimento dos Pobres. Ninguém é capaz de viver com uma fé meramente passiva onde se permanece de braços cruzados e que se espera tudo de Deus.

“A paixão de Cristo na cruz é atualizada”
• As pessoas que vivem numa fé ativa e efetivamente comprometedora, percebem ao longo das experiências que a fé cristã é fundamentada e fortifica-se no serviço da Caridade. Um novo olhar é estabelecido; uma nova leitura é feita sobre os acontecimentos e estes são analisados sob a ótica da misericórdia e da compaixão. A paixão de Cristo na cruz é atualizada no sofrimento daqueles que padecem a mesma dor da humilhação e do desprezo configurada na vida dos Pobres.

“novas formas de pobreza”
• A aproximação da pobreza e das misérias dos Pobres nos leva ao pé da Cruz na qual Cristo está crucificado. São cruzes diferenciadas com as mesmas contradições daquelas duas que estavam do lado direito e esquerdo do Cristo crucificado. Cruzes diferentes mas que castigam com a mesma freqüência e intensidade; são as novas formas de pobreza que golpeiam com a mesma intensidade de dor na vida dos Pobres.

“renovar sem cessar”
• Na Regra da Sociedade de São Vicente de Paulo lemos que “fiel ao espírito dos seus fundadores, a Sociedade esforça-se por se renovar sem cessar e por se adaptar às condições de mudança dos tempos. Ela quer estar sempre aberta às mutações da humanidade e às novas formas de pobreza que se possa identificar ou pressentir. Dá prioridade aos mais desfavorecidos e especialmente aos rejeitados pela sociedade”.
• Regra da Sociedade de São Vicente de Paulo, Edição de 2001, pág 17.

“precisamos ter o olhar penetrante”
• Pierre Chouard, que esteve à frente do Conselho da Sociedade de São Vicente de Paulo nos anos de 1954 a 1960, dizia que “precisamos ter o olhar penetrante, o espírito suficientemente livre, para reconhecer essas formas atuais, locais e transitórias da pobreza. Por outras palavras, para adaptar às circunstâncias a nossa ação caritativa”.
• Idem, pág. 245.

“Conversemos com os Pobres. Esta conversa trará confiança.”
• Os mesmos sofrimentos são analisados por meio de uma nova leitura e de um novo olhar que brota dos acontecimentos. Um olhar que passa ao mesmo tempo no Cristo pregado na Cruz e nas famílias assistidas. Dizia Bailly: “Sentemo-nos na cadeira despedaçada que nos for oferecida. Conversemos com os Pobres. Esta conversa trará confiança. Conheceremos os seus males todos, todos os seus desejos, seus vícios talvez. Nós lhe daremos conselhos com conhecimento de causa. Conseguiremos que seus filhos vão às escolas, que se evite a vadiagem, procurando-lhes ensino profissional”.
• Emmanuel Bailly, 1841.

“Somente estando face a face”
• Somente estando face a face com os Pobres pode-se perceber a situação na qual eles vivem. Isso é susceptível em causar um grande incômodo nos corações que possuem a misericórdia.

“Hoje, esses sofrimentos...”
• Se as situações de pobreza nos incomodam, a reação pode ser de não olhar e, dessa maneira, seremos menos cristãos... Se, ao contrário, tivermos no coração a misericórdia e a compaixão, veremos com ternura nas faces desfiguradas dos Pobres, a mesma face desfigurada do Cristo pregado na cruz. Hoje, esses sofrimentos dolorosos da cruz se manifestam com o nome de problemas pessoais e doenças, falta de condições dignas de desenvolvimento pessoal tanto material quanto espiritual, falta de oportunidades intelectuais e de mostrar aquilo que se é capaz de criar e de fazer.

“num olhar diferente e comprometedor.”
• Os trinta textos que encontraremos neste livro, para leitura espiritual, encaminham nosso pensamento, tendo de um lado nosso “ver” voltado para a prática de Jesus Cristo e por outro lado, nosso “ver” voltado para a vida dos Pobres. Colocar mais ternura e compaixão para que nosso olhar seja transformado num olhar diferente e comprometedor.

Solidare
“Fieis ao Evangelho...
Atentos aos sinais dos tempos...
Abrir novos caminhos e usar novos meios…
Permanecendo em estado de renovação continua.

O Solidare é uma campanha de busca de contribuintes, ele tem a finalidade de resgatar um “espírito original da SSVP” onde nossos fundadores envolveram amigos e admiradores do serviço da caridade. Muitos vicentinos desconhecem esse trabalho de origem, talvez por falta de um conhecimento mais aprofundado de nossa associação quanto à espiritualidade que deve envolver nossos meios de buscar recursos. A SSVP obteve tudo o que temos, como uma “Ação da Providencia Divina” pelo exemplo de vida de nossos primeiros membros. Os testemunhos de vida de nossos precursores e os serviços junto aos Pobres eram tão dignificantes, que as pessoas ofereciam recursos financeiros e efetuavam grandes doações de bens imóveis. Nos momentos de grande necessidade bastavam ir junto aos amigos, junto aos Párocos das Igrejas, que as emergências eram bem supridas, por vezes, tornavam-se continuadas ao longo de muito tempo.
No crescimento da SSVP no Brasil, nossa associação não se aplicou aos cuidados dos meios de subsistência com ênfase em seus valores espirituais. Havia uma grande facilidade de recursos em todos os tempos de seu crescimento, e isso hoje ainda é perceptível pela dependência das cestas básicas e poucas iniciativas evangelizadoras na busca de recursos. Tanto que, para muitas unidades vicentinas, Conferências e Conselhos, somente isso basta para ser a “grande expressão do existir vicentino na comunidade”. Passamos a usar muito a expressão “assistir” e não a “promover”, realidade que emprega muitos recursos materiais e espirituais, com comprometimento de tempo e de nossa vida. Assim, nos últimos tempos, perdemos a simpatia de contribuintes, ficamos apáticos diante dos Pobres e até mesmo entre nós, ou seja, não precisamos nos esforçar por nada. Ficamos ainda menos presentes na vida das pessoas, nas quais a vontade de Deus pode manifestar.
Hoje na SSVP sofremos sob três aspectos de ação que nos entristecem em muito: primeiro, o comprometimento vicentino está reduzido pelos aspectos fúteis da vida moderna que nos envolve, fazendo com que “aleguemos não ter mais tempo para agir verdadeiramente como filhos de Deus”. Não somos como os nossos primeiros irmãos, com exemplos dignificantes de doação de nosso tempo, de nossos bens e de nosso coração; segundo, há uma fama de “intermediários das coisas dos outros junto aos Pobres”, onde muito pouco de nós é juntado ou mesmo de dedicar num trabalho evangelizador pessoal cheio de esperança quando vamos aos Pobres; terceiro, porque muitas coisas não vêm de um trabalho organizado à luz das sutilezas da caridade, se observa uma prática “assistencialista” junto aos mais necessitados, não nos comprometemos com a realidade que vemos, nem mesmo temos uma força espiritual de transformação daquelas vidas submetidas às formas de pobreza.
Sentimos que algo novo deva ser implementado entre nós que permita nos capacitar para servir melhor. Algo que se some aos sentimentos de muitos irmãos que conosco caminham e reclamam unidade espiritual e partilha. Enfim, algo que retire de nosso meio o sentimento de alguns que somente se sentem vicentinos se tiver doações dos outros a ser levada aos Pobres, se não as tiver, não se vai, nem mesmo buscará um compromisso real de vida no contexto da caridade com seus irmãos de caminhada. Ainda nesta linha de pensamentos alguns empobreceram sua participação na Conferência, sua comunidade de fé e de amor que forma a SSVP.
O Solidare vem para suscitar um trabalho pessoal que se apóia na fé, na vida do evangelho, na convicção de ser vocacionado ao serviço da caridade e num real desejo de agir como filhos de Deus em favor os Pobres. Vem ainda com uma espiritualidade a ser vivida como uma resposta inventiva da caridade. Os recursos que virão desta ação, nos ajudarão sob todos os aspectos na obra em favor dos Pobres. Teremos mais condições e esperança, pois uniremos nossa ação pessoal, com bens materiais e espirituais. Negar-se a sua compreensão é afirmar os aspectos acima mencionados, pelos quais a SSVP deixou de crescer e sofre um decrescer constante.

1. Viver a espiritualidade do Solidare:
Se todos os Conselhos estão a serviço das Conferências no sentido de promover o bem espiritual de seus membros, não seriamos ousados em propor algo que não se fizesse cumprir nossa missão. Assim, o Solidare se propõe:

- Ir ao encontro dos dons que a Providência Divina nos dispõe: Esse é o primeiro sentido de riqueza espiritual do Solidare, ir pessoalmente buscar recursos para os Pobres, num processo contínuo de envolvimento das pessoas nas coisas de Deus. Não será uma busca “simplória de dinheiro”, pois temos a missão de dignificar o próximo como instrumento de Deus. Vamos com esperança de encontro entre pessoas, diante daquilo que Deus quer nos oferecer, vamos motivados em experimentar a presença e participação de Deus em nosso trabalho. Vamos a Seu nome em busca da manifestação da Sua vontade.

- Promover a misericórdia dos cristãos em favor dos Pobres: Muitas pessoas vivem sem a idéia e a visão de que existem seres humanos, semelhantes eles vivendo na miséria, onde o só dar comida os alimenta no sofrimento. Se como vicentinos que vemos e vivemos neste meio não promovermos a misericórdia de outros, muitos cristãos não verá a Deus. Poderão viver somente nas Igrejas templos, rezando e cantando, pensando que somente isto significa servi-lo sem jamais doar-se em nada a serviço do próximo. Esta Igreja de Cristo não existe!

- Evangelizar as pessoas que conhecemos e amamos, pela busca de recursos em favor preferidos de Deus: Jamais convenceremos ninguém se não estivermos convencidos pelo testemunho de vida do evangelho. Nosso ir às pessoas que amamos deve levar esta mensagem, esta proposta e esta vida. Envolver as pessoas que amamos nos serviços da caridade é evangelizar por atos, por palavras e por encontros constantes. Quantas vezes poderemos manifestar as bênçãos de Deus em nossos agradecimentos pela contribuição recebida!

- Promover a partilha entre os vocacionados aos serviços da caridade: Somos uma associação cristã, fraterna e de vida na caridade cuja essência é a partilha. O Solidare promove significativamente a partilha em nosso meio. Negar-se a esse exercício e manifestar uma real ausência de vocação e carisma vicentino. Ninguém será ninguém como vicentino se pensar no todo que forma a SSVP, ela existe no mundo como uma “unidade espiritual” cujo sinal sensível e visível é a partilha.

2. Por que ir a busca de contribuintes:
- sair de si e evoluir sistemas tradicionais: Certamente não será só por dinheiro, repito, mas por um sair de si de cada Confrade e Consocia, para um promover a prática da caridade entre as pessoas que convivemos. Vamos porque a caridade não se pactua com comunidades egoístas. Será ainda um sair de si das Unidades Vicentinas SSVP para ir ao encontro de outros cristãos e até mesmo de pessoas solidárias. Muitas outras atitudes vicentinas de buscar recursos podem existir, mas poderá omitir alguns aspectos que estamos propondo nesta campanha. Desejamos que ao sair de si, deixem revelar “uma nova face da caridade”, uma face que tenha um “envolvimento pessoal no desenvolvimento da misericórdia e da compaixão”. É preciso que em cada busca se deixe manifestar o amor, a dedicação e a entrega que devotamos aos Pobres pelo encontro que temos com Cristo neles;
- valorizar o contribuinte em sua pequena doação: Um pouco com Deus muito se faz. Será com a mesma ênfase evangélica da moeda de uma pobre mulher que exaltaremos a doação dos nossos contribuintes. Será de nosso encontro mensal que estabeleceremos uma relação não só de amizade, de humanidade, mas sim, da “manifestação de Deus”. Daquele que foi tocado pela necessidade de doar e daquele que vai buscar e poderá dizer: que Deus te abençoe, que Deus lhe de o “cêntuplo por um”. Assim estaremos realizando uma evangelização e uma nova conscientização sobre a existência dos Pobres, mais ainda, que através destas pessoas possamos viver e construir o Reino de Deus.
3. A abrangência da Campanha de Contribuintes:
- Motivação Interna: Tudo partirá do entusiasmo que a espiritualidade do Solidare promove. Todo aquele que compreender os objetivos e a razão do Solidare motivará a participação. Haverá um folder para fixação em nossos ambientes, ele promove uma nova consciência, rompe algumas formas egoístas de pensar que existem em nosso meio. Aos dirigentes compete pensar no bem coletivo desta campanha, não devem, portanto comportar-se segundo suas opiniões próprias, sem pensar que isto para muitos tem um valor significativo, não devem ainda ouvir os poucos pessimistas, mas a grande maioria que pensa em comunidade.

- Motivação Externa: Não resumiremos o trabalho apenas ao nosso círculo de amigos, será muito oportuna uma manifestação nas Igrejas e Paróquias. Conscientes da espiritualidade do Solidare, mediante um folder especial que poderá ser fixado nas portas das Igrejas, e da busca de um espaço de manifestação de confrades e consocias nos finais das missas, poderão dar oportunidade aos demais fiéis e paroquianos de se tornarem nossos contribuintes. Este trabalho será mais uma oportunidade de até conseguirmos mais vocacionados para nossas Conferências. É um trabalho que a ousadia e as sutilezas da caridade nos sugerem.

4. A administração do Solidare:

Será uma administração realizada pelos tesoureiros, não se deve passar a terceiros, isto foge ao espírito vicentino. A missão dos tesoureiros na SSVP é prover com recursos os trabalhos em bem dos Pobres, portanto, além de serem os primeiros interessados na campanha, devem buscar resultados e para isso necessitam ser otimistas. É preciso ainda que, usem uma motivação desprovida das manias egoístas quando se fala em dinheiro na SSVP, onde alguns se comportam de forma estranha, como se na vida cristãs a busca por dinheiro fosse uma desgraça, uma maldição.

5. A Receita e premiação do Solidare:

- A receita: A receita do Solidare privilegia em sua maior parte os Pobres, que são o foco da missão vicentina da SSVP. Num segundo momento, é preciso compreender a necessidade de suprir com recursos a administração da SSVP. Os tempos avançaram, mas os meios para sustentação dos Conselhos, não houve medidas de obtenção de recursos, com uma agravante muito séria: são poucos os recursos financeiros que circulam em nossas Unidades Vicentinas. O Solidare privilegia a administração dos Conselhos em seus serviços de funcionalidade da SSVP, pois os recursos conforme dispõe o regulamento, não subsidiam na totalidade as despesas de nossa administração. Mais ainda, o Solidare promove a partilha e a unidade no zelo pela preservação de nossa associação. Todos os Confrades e Consocias devem sentir-se comprometido com o trabalho, pois fortalece nosso sentido de pertença e garante a continuidade da SSVP em sua missão.

- Premiação Externa: A premiação ficou mais significativa no valor de cada uma e menos restrita na quantidade. Houve uma preocupação em atender os interesses das diversas categorias de participantes.

- Premiação Interna: A premiação interna busca distribuir valores direcionados ainda em favor dos Pobres. Ela privilegia Unidades Vicentinas com desempenho exemplar na Campanha, a Conferência, o Conselho Particular e o Conselho Central com maiores índices de contribuintes.

6. A administração da premiação:

Ao Conselho Metropolitano cabe verificar a ocorrência da premiação através do Controle Geral de Distribuição dos Carnês e remeter ao Conselho Central respectivo. Ao Conselho Central caberá observar o que dispõe o Regulamento do Solidare, Artigos 3º e 4º para a entrega do prêmio.

7. A reunião de Novembro de 2010:

O Conselho Metropolitano fará a distribuição dos Carnês que seguirão o mesmo critério de quantidade por Conselho Central de 2010. Fornecerá Planilhas, tanto que ajudam a distribuição em cada Conselho Central e em cada Conselho Particular. Haverá ainda fornecimento de Modelos de Planilhas para Controles Gerais de Recebimento para todas as Unidades Vicentinas envolvidas. Outras reuniões serão realizadas para superar dificuldades.

8. A reunião de Fevereiro 2011:

A reunião de fevereiro será o primeiro momento de verificação da campanha em nosso meio. Tudo será acompanhado via as planilhas de controles de distribuição. Será ainda para auxiliar o uso das planilhas no seu preenchimento. Nela também se buscará superar as dificuldades de implantação da campanha.

9. A reunião de Abril 2011:

Será uma reunião final de implantação. Ratificação do número de carnes vendidos e devolvidos, com base nas planilhas de controles. Definição dos valores que serão repassados entre unidades e definição de responsabilidades quanto a prazos de remessas e meios.

10. Equipes de Apoio para motivação da Campanha:

Não cremos ser preciso, mas se assim exigir, será enviado uma equipe de motivação aos lugares onde existir posição negativa para com a campanha. Não acreditamos que uma coisa possa servir a muitos e a poucos isso possa ser motivo de negação. É preciso lembrar que, diante da missão vicentina, toda pessoa é importante para experimentar o amor de Deus e de participar na vida e no exercício da caridade.

O primeiro Regulamento da SSVP, montado em 1835 por Ozanam e Lallier houve recomendações de atenção e cuidado para com os contribuintes ou benfeitores dos primeiros momentos de nossa associação. Todo um zelo especial para com estas pessoas fora devotada, pois todas eram vistas como “manifestação da Providencia Divina”. Havia espaço especial eles nas festas e foram concedidas indulgencias especiais até mesmo aos seus familiares. Grande parte do crescimento da SSVP nos momentos fundacionais, tanto em membros, obras e patrimônios veio destas pessoas cuja fidelidade era fundamentada pelos exemplos de nossos fundadores e primeiros membros.
O Conselho Metropolitano de São Carlos, fiel às origens da SSVP deseja que, ao longo de certo período de nossa caminhada se restaure este trabalho. A implementação da Campanha Solidare a qual estamos empenhados, ratificamos não ser somente por dinheiro, mas para resgatar em nossos meio, gestos e ações que vão ao encontro da Providência Divina. Temos certeza, mesmo diante do registro de nossa história, este encontro se fará por um novo sair de si de todos os vicentinos. Se quisermos um futuro que ecoe na eternidade, devemos deixar modos formas de agir sem vida, sem envolvimento e sem encanto. E num gesto missionário ir ao encontro das pessoas nas quais Deus possa manifestar. Vamos com alegria mostrar a face da caridade que nos move. Daí então haverá um novo encontro pela caridade, pelos Pobres e pelo Reino de Deus.

“A caridade vivida é a estrela do caminho,
o idioma cotidiano que todos podem compreender”.

A Diretoria.
CM. São Carlos
2010

domingo, 7 de novembro de 2010

SAUDADES!!!
Companheira, amiga, guerreira, esposa, filha, mulher, menina, meiga, linda...
TATIANE
Seu sorriso, ficará sempre em nossas lembranças...
Sua passagem foi rápida, mas deixou sementes que frutificarão toda eternidade dentro de nós...
Interceda por nós junto ao pai e dá-nos força na caminhada!!!
Vá em paz! Amiga, companheira!
Daniel, siga seus passos e tenha ceteza de que estará sempre guiado por um novo anjo do céu.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010


Rezando com o Conselho Metropolitano de São Carlos 01/11/10 - segunda-feira

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!

Rezando o tempo litúrgico

TRIGÉSIMO PRIMEIRO DOMINGO COMUM (31.10.10)
Lucas 19,1-10

De novo entra em cena a figura dum “publicano”, desta vez de nome conhecido - Zaqueu! Os governantes arrendavam áreas do país para publicanos ricos, que embolsavam o que conseguiram extorquir além das taxas estabelecidas. Estes chefes dos publicanos (p. ex . Zaqueu) empregavam outros para fazer a cobrança - e enfrentar a celeuma do povo - sentados nos telônios nas portas das cidades e nas encruzilhadas das rotas das caravanas (p. ex. Levi).
Zaqueu era chefe dos cobradores de impostos da cidade de Jericó, e por isso, por causa da sua extorsão, muito rico - e com certeza muito odiado e desprezado.
Porém, Lucas nos mostra que ninguém é tão perdido que não possa ser salvo pela misericórdia de Deus. Ninguém está além da possibilidade de salvação. Com umas rápidas pinceladas, ele traça o caminho da conversão e salvação de Zaqueu.
Com certeza, Zaqueu tinha ouvido falar da atividade e dos ensinamentos de Jesus, e tinha uma enorme vontade de conhecer mais de perto este homem tão diferente dos outros rabinos do seu tempo. Nem levava em conta perder a sua dignidade, subindo numa árvore - o importante mesmo era não perder o momento de Jesus passar. Jesus acolhe este gesto de busca - olha mais para esta chama de bondade do que para toda a maldade praticada anteriormente por Zaqueu. E pronuncia as palavras que iriam mudar para sempre a vida de Zaqueu: “Desça depressa, Zaqueu, porque hoje preciso ficar em sua casa.” (v. 5)
Por causa dessa iniciativa, o próprio mestre se torna alvo de críticas por parte dos “justos”: “Ele foi se hospedar na casa dum pecador” (v. 7). Como sempre, a novidade do Reino, trazida por Jesus rompe todos os esquemas sociais e religiosos pré-concebidos!

Frase de Destaque: “Ninguém está além da possibilidade de salvação.”

Rezando com S. Vicente de Paulo o Espírito da Missão

“Nesta vocação, vivemos de modo muito conforme a Nosso Senhor que, segundo parece, quando veio a este mundo, escolheu como tarefa principal assistir os Pobres e cuidar deles. (SV XI, 108)”.


Oração Missionária 2010

Ó Deus, Pai de todos os povos, Vós que nos abraçais com a ternura de uma mãe, ouvi o clamor das multidões da Amazônia e do mundo inteiro desejosas de Vos conhecer e Vos amar. Ensinai-nos a Vos servir, na partilha da Fé e dos Bens, que Vós mesmos nos destes.

Amém.

Para refletir: A ação de Jesus na vida de Zaqueu mudou a vida do publicano e a vida dos pobres, pois depois deste encontro ele começou a agir com justiça. Vicente diz aos missionários que devemos viver conforme Jesus Cristo agindo na formação, na conversão e no serviço as pobres. Estamos ao modo de Jesus transformando a vida das pessoas que visitamos?