quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ESTA CHEGANDO...11/09/2011

(CLIQUE NA IMAGEM PARA MELHOR VISUALIZAÇÃO)

Projeto visa 'Despertar' carisma vicentino em jovens



Uma iniciativa de sucesso para recrutamento foi adotada na área do Conselho Metropolitano de São Carlos (SP). O projeto 'Despertar' já conseguiu fazer com que cerca de 50 jovens ingressassem nas fileiras da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP). Ele é desenvolvido nas cidades de Itápolis e Borborema.

A iniciativa consiste em um final de semana de palestras, dinâmicas, música e, principalmente, amizade. "É isto que suscita no jovem a vontade de fazer parte dessa família que é a SSVP", conta o confrade Ricardo Camargo, coordenador do Departamento de Comunicação (Decom) do CM São Carlos.

Neste projeto, trabalham juntas: Comissão de Jovens, Coordenação de Conferências de Crianças e Adolescentes (CCA's) e Escola de Capacitação Antonio Frederico Ozanam (Ecafo).
Depois dos dias de formação, os jovens recrutados recebem acompanhamento e são motivados a constituírem Conferências Vicentinas. "Esperamos que as sementes lançadas se fortaleçam e façam florir mais sorrisos jovens, em busca de um mundo mais humano aos preferidos do Pai - os Pobres!", encerra Ricardo Camargo.



FONTE: DA REDAÇÃO DO SSVPBRASIL Nos dias 05, 06 e 07 de agosto, o projeto DESPERTAR, aconteceu na cidade de Itápolis, onde dos 96 jovens inscritos, 76 responderam ao chamado (foto), e num fim de semana repleto de conhecimento, emoção e novas amizades, puderam desfrutar de sua 1ª visita domiciliar, o que atingiu o coração de cada um deles, que no retorno estavam com sede de mudança.

Jovens que nunca haviam tido qualquer contato com a SSVP, que agora nas reuniões do pós DESPERTAR, tem mostrado ainda mais a vocação vicentina em suas visitas e vidas.

A todos os que coordenaram esse projeto os nosso agradecimentos e os parabéns!

AMIGOS PARA AMAR...AMIGOS PARA SERVIR!

A Primeira Comunhão - Dom Paulo Sérgio

Na comemoração dos cem anos do decreto “Quam singulari”, pelo qual Pio X determinou que as crianças fizessem a Primeira Comunhão na idade do uso da razão, isto é, cerca dos sete anos e, no momento em que a diocese de São Carlos revê o Diretório dos Sacramentos, gostaria de voltar à questão, sugerindo a antecipação da idade da Primeira Comunhão.
Na época de Pio X não só as crianças não podiam comungar, como também para os leigos a comunhão não era freqüente. Daí os dois decretos do Papa: o primeiro – Sacra Tridentina Synodus – sobre a comunhão frequente e quotidiana; o segundo – Quam singulari – sobre a comunhão das crianças. No primeiro, dizia o Papa: “Jesus Cristo e a Igreja desejam que todos os fiéis se aproximem, cada dia, do banquete sagrado, principalmente a fim de que, estando unidos a Deus por este sacramento, recebam a força de reprimir suas paixões e que por meio dele se purifiquem de suas faltas leves, nas quais podem cair todos os dias e que possam evitar as faltas graves, às quais está exposta a fragilidade humana; a comunhão frequente não visa, pois, principalmente dar glória a Deus, nem deve ser considerada como uma espécie de favor e de recompensa pelas virtudes dos que se aproximam dela”. Pio X se refere à doutrina do Concílio de Trento ( sessão XXII ), ao Evangelho de São João ( 6,59 ) e ao pedido do pão quotidiano do Pai Nosso na interpretação dos Padres da Igreja. Ele tira de Santo Agostinho a idéia de que, na comunhão, o cristão recebe a força de reprimir as paixões. E se levanta contra os danos do “jansenismo” que, por seu rigorismo, ergueu barreiras contra a recepção da Eucaristia.
A comunhão frequente e quotidiana pede aos fiéis somente o estado de graça ( ausência de pecado mortal) e a intenção reta ( não agir por hábito ou por vaidade ). Na verdade não foi fácil para o clero mudar sua mentalidade rigorista e para os fiéis modificarem os seus hábitos enraizados, numa situação em que era comum ouvir: “ não comungo porque sou pecador ”. E aí se tornava mais pecador porque não comungava. Criava-se, assim, um círculo vicioso.
Através desse decreto, Pio X, o Papa da Eucaristia e da Catequese, com o desejo de renovação eclesial que inspirou o seu pontificado, ensinou a toda a Igreja o sentido, o valor e a centralidade da Sagrada Comunhão para a vida de todos os batizados, inclusive as crianças. O Papa, ao promulgar o decreto, se apóia no quarto Concílio de Latrão ( 1215), nas palavras de Jesus: “deixai vir a mim as criancinhas” e no Concílio de Trento, que fala em “idade da razão”.
Pio X queria ainda extirpar a concepção jansenista, para a qual a comunhão seria uma recompensa, ao passo que ela é “um remédio para a fragilidade humana”. Não se requer da criança um conhecimento pleno e perfeito da doutrina cristã, mas que, depois da comunhão, continue a aprender o catecismo inteiro. Basta que a criança saiba distinguir o pão eucarístico do pão comum e corporal.
O Cardeal Cañizares Llovera, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos diz: “ A Primeira Comunhão das crianças é como o início de um caminho junto com Jesus, em comunhão com Ele; princípio de uma caminhada para que, com Jesus, prossigamos bem e a vida se torne boa e alegre; o encontro com Jesus é a força de que precisamos para viver com alegria e esperança”.
Não podemos e nem devemos retardar a Primeira Comunhão sob nenhum pretexto. Todos, inclusive as crianças, temos necessidade do Pão do Céu, pois também a alma precisa nutrir-se.
E o Cardeal continua: “O encontro com Jesus na Eucaristia é ainda mais importante em nossa época e, sobretudo para as crianças, cuja grandeza, pureza, simplicidade, “santidade” são, com freqüência, infelizmente, manipulados e destruídos. As crianças vivem imersas em mil dificuldades, rodeadas por um ambiente difícil que não as encoraja a serem o que Deus quer delas; muitas são vítimas da crise da família. Nessas circunstâncias, são-lhes ainda mais necessários o encontro, a amizade, a união com Jesus, sua presença e sua força. Graças à sua alma imaculada e aberta, são elas que, sem dúvida, estão melhor dispostas a esse encontro”.
A comemoração do centenário do decreto “Quam singulari” é uma providencial oportunidade para insistir na antecipação da idade da Primeira Comunhão, ainda mais quando se nota a precocidade de nossas crianças. Daí não ser recomendável avançar na práxis que se está introduzindo cada vez mais, de elevar a idade da Primeira Comunhão. Pelo contrário, é necessário e urgente antecipá-la.
E Dom Cañizares conclui dizendo: “À vista de tudo o que vem acontecendo com as crianças e do ambiente hostil no qual crescem, não as privemos do dom de Deus, gerado pelos sacramentos da iniciação cristã no seio da santa mãe Igreja. A graça do dom de Deus é mais poderosa que nossas obras, nosso planos e programas”.
Faço minhas as palavras do Cardeal.


+ Dom Paulo Sérgio Machado - Bispo Diocesano

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

As Jornadas mundiais da Juventude







“Uma iniciativa profética que deu frutos abundantes, permitindo às novas gerações cristãs encontrar-se, pôr-se à escuta da Palavra de Deus, descobrir a beleza da Igreja e viver experiências fortes de fé1” (Bento XVI)






As Jornadas Mundiais da Juventude, idealizadas pelo Papa João Paulo II, constituem uma “maravilhosa celebração da fé”, uma “peregrinação” e um período de “profunda renovação espiritual” dos jovens do mundo inteiro.
Tudo começou em Roma; numa celebração dedicada à juventude, na vigília do Domingo de Ramos, em 1984, quando o Papa João Paulo II presenteou os jovens com a Cruz do Ano Santo. Foi um verdadeiro Pentecostes da Juventude, quando mais de 300 mil jovens vindos de todas as partes do mundo, viveram uma união acima das barreiras do idioma e da cultura. Compreenderam que apesar da diversidade, falavam a mesma língua e partilhavam o mesmo objetivo: Jesus Cristo.
A 1ª. Jornada aconteceu em Buenos Aires (Argentina-1987) com o tema “Conhecemos o amor de Deus e acreditamos nele” (cf. 1.J0. 4,16); a 2ª., em Santiago de Compostela (Espanha - 1989) e teve como tema” Jesus Cristo: Caminho, Verdade e Vida” (cf. J0. 14,6). A 3ª., em Czestochowa (Polônia -1991), proclamando a paternidade de Deus, teve como tema” Recebestes um espírito de filhos” (cf. Rm. 8,15). A 4ª, em Denver (Estados Unidos -1993), com o tema Vida em abundância “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (cf. J0. 10,10). Em Manila ( Filipinas - 1995) refletiram sobre a missão “Como o Pai me enviou, também eu vos envio”(cf. Jo.
20,21). Em Paris (França — 1997) “Mestre, onde moras? Vinde e vede”, foram ver o Mestre (cf. Jo. 14, 26). Em 2000, em Roma’ (Itália), contemplaram a Encarnação do Verbo “O Verbo se fez carne e habitou entre nós” (cf. Jo. 1,14). Em Toronto (Canadá - 2002), transformaram-se em sal e luz do mundo “Vós sois o sal da terra vós sois a luz do mundo”(cf. Mt. 5,13-14). Em 2005, em Colônia, adoraram o Senhor “Vimos adorá-lo” (cf. Mt. 2,2). Em Sidney (Austrália - 2008) receberam o Espfrito Santo e foram enviados em missão “Sereis minhas testemunhas” (cf. 1,8). E agora, em Madri (Espanha - 2011), enraizados e edificados em Cristo, os jovens querem seguir firmes na fé “ Arraigados e edificados em Cristo,apoiados na fé” (cf. Cl. 2,7).
As Jornadas Mundiais sempre são intercaladas com as Jornadas Diocesanas. Realizadas a cada ano, seja em âmbito mundial seja em âmbito diocesano, elas constituem um espaço privilegiado para experiências marcantes da vida em Cristo e na Igreja. Esta mesma Igreja que fez a sua opção preferencial pelos pobres e que depois a estendeu aos jovens.

Os jovens são a esperança da Igreja. E termino esta reflexão com as palavras do Beato João Paulo II, na mensagem da Jornada de 2001: “Aqui quero expressar, do íntimo do meu coração, um sincero agradecimento a Deus pela dádiva da juventude que, através de vós (jovens), subsiste na Igreja e no Mundo. Além disso, quero agradecer-lhe com emoção porque me concede acompanhar os jovens do mundo durante as duas últimas décadas do século, indicando-lhes o caminho que conduz a Cristo”.






+Dom Paulo Sérgio Machado – Bispo Diocesano